quarta-feira, 27 de abril de 2011

PROGRAMAÇÃO DA 1ª ASSEMBLEIA REGIONAL DA ANEL - NORTE DO PARANÁ

Segue abaixo a programação da 1ª Assembleia Regional da ANEL - Norte do Paraná:

9hApresentação da ANEL 

9h30Mesa de Abertura: “Os cortes de verba dos governos Dilma e Beto Richa e os desafios da Juventude” (convidados: ANEL PARANÁ, DCE-UEM, Coletivo da Luta Não me Retiro - UEM, Centro Acadêmico de Letras - UEM, Grêmio do Colégio Estadual Panorama – Sarandi, Coletivo Pró-Cotas – UEL e CSP-CONLUTAS). 

11h30Almoço 

13hGrupos de Discussão Temáticos: Expansão; Acesso e Permanência; Opressões; Secundaristas e Meio-Ambiente. 

16hPlenária Final e Eleição da Comissão Executiva Regional da ANEL – Norte do Paraná 

18hFesta para Arrecadação de Finanças para o 1º Congresso da ANEL

PARTICIPE DO DIA NACIONAL DE LUTAS

(clique na imagem para ampliar)

CARTA CONVOCATÓRIA DA 1ª ASSEMBLEIA REGIONAL - NORTE DO PARANÁ

(clique para ampliar)
O início de 2011 já evidencia qual a verdadeira situação em que se encontra o povo brasileiro, os trabalhadores e juventude. Enquanto os parlamentares têm seus salários absurdamente aumentados em 62%, juntamente com a Presidenta Dilma, em 133%, os trabalhadores são obrigados a viver com míseros R$ 545, enquanto os preços dos alimentos sobem vertiginosamente. Também neste inicio de ano, vivenciamos o aumento das passagens em várias capitais do país, onde os estudantes saíram às ruas denunciando mais esse ataque por parte dos empresários e governo e reivindicando o passe-livre. Em Maringá, por exemplo, sofremos com a licitação direcionada que o prefeito Silvio Barros (PP) implementou para dar à empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) o monopólio por mais 40 anos. 

Apesar da propaganda de que o Brasil vive uma fase de crescimento econômico muito forte, Dilma já abre as portas do seu governo anunciando a suspensão de concursos públicos, ataque aos direitos dos servidores das universidades públicas, privatização dos Hospitais Universitários (MP 520 assinada por Lula no final de 2010) e um corte de R$ 50 bi no orçamento nacional, que significou também uma tesourada de mais de R$ 3 bi na educação. Já no Paraná, o governo Beto Richa (PSDB) assumiu o Palácio do Iguaçu com um corte de 38% das verbas de custeio das universidades paranaenses e, logo após assumir, cortou mais 15% de todas as secretarias, incluindo da educação. 

Assim, ficam explícitos o reflexo da política educacional dos governos: faltam professores, filas nos Rus (além do preço abusivo na UEL), estudantes através de bolsas trabalho suprem a falta de funcionários nas universidades e nas escolas secundaristas além do número elevado de estudantes por sala de aula, estes ainda convivem com a falta de refeitórios nos colégios. 

Contudo, os estudantes demonstram que não se calaram e que estão dispostos a lutar pelo direito a educação. Os estudantes da Educação Física da UEM pararam a BR-276 lutando por contratação de professores, o DCE da UEM em solidariedade aos trabalhadores do RU, pularam catracas, os secundaristas de Sarandi dão exemplo nacionalmente de combate as políticas privatistas do município, sendo vanguarda na derrubada do prefeito em 2010. 

São nessas lutas que a ANEL vem se construindo, se colocando na linha de frente na defesa da qualidade do ensino e unificando forças com os trabalhadores. Por isso, neste sábado (30/04) realizaremos, a partir das 9h, na UEM a nossa I Assembleia Regional da ANEL – Norte do Paraná. Convidamos tod@s estudantes a estarem presentes conosco discutindo a construção do Primeiro Congresso da ANEL e fortalecendo as lutas locais, sendo um importante espaço para debater e organizar as tarefas colocadas ao movimento estudantil e avançar na consolidação da entidade. Além de debater os desafios em relação à educação, meio ambiente, conjuntura, opressões e o papel que cumpre a juventude nas diversas lutas que estão acontecendo no mundo e no país. 


PARTICIPE! 

ANEL E DCE UFRRJ CONTRA O LIXÃO EM SEROPÉDICA

6 milhões podem morrer no Rio de Janeiro

Nos anos de 2014 e 2016, o Rio de Janeiro terá em seu calendário importantes datas para todo o Brasil,em especial para a população carioca, período de copa do mundo e olimpíadas, são datas onde o povo exibe seus ideais patrióticos, todavia de forma alienada, são períodos de festas e glória. É exatamente isso que o Estado quer que você pense, e produza, todavia um mau oculto se torna necessário na visão do capital para que os megaeventos tenham existência, um mau tão bem programado que sua contestação é muito pequena e isolada, esta que deveria ser a primeira grande luta do novo século, isto é, uma luta pela sobrevivência e pelo povo.

O governo Sérgio Cabral e Eduardo Paes começaram o processo de embelezamento do Estado do Rio de Janeiro, pois os megaeventos pedem organização e limpeza em sua passagem, com isso tornou-se necessário dar outro destino a todo lixo produzido pela população da capital, vários municípios carentes estavam em cogitação, a ideia era simples, o que tiver o IDH mais baixo, é onde existirá menos luta, com isso o escolhido foi Seropédica, área de solos arenosos, rica em biodiversidade, possui um gigantesco aquífero que pode abastecer toda população carioca em casos de crise, e que além desta alimenta o Rio Guandu através de diversos corpos d´água, este foi o lugar escolhido para se construir o mais novo lixão da cidade do Rio de Janeiro, bem em cima deste aquífero.

O processo foi rápido, o corrupto ex prefeito de Seropédica, o Sr. Darci dos anjos, que esta sendo caçado por compra de votos, mudou a lei orgânica do município junto à câmara de vereadores, em apenas algumas horas, sem consulta ao povo, este foi o ponto de partida para Cabral e Paes, pois com a mídia ao seu lado, e fortes influencias políticas, tornavam a luta muito difícil, o aterro foi construído na região de chaperó, bem em cima do aquífero Piranema, professores da UFRRJ fizeram diversos laudos técnicos, apoiados pela EMBRAPA e o CREA, que comprovam que isso era um ato insano, pois se o chorume tóxico produzido pelo lixo vaza-se para o Rio Guandu, teríamos mais de 6 milhões de pessoas condenadas à morte! A regra em geologia é clara, não se constrói aterro em cima de aquífero, e ainda mais com solo arenoso. O que também é fantástico, é que toda esta aberração só se consolidou devido a permissão do INEA, isto é, o instituto estadual do meio ambiente. Quando a ciência esta a favor do capital, o questionamento não existe, mas quando está a favor da vida humana, já temos a resposta.

Vale argumentar que a resposta do INEA é que o lixão possui uma camada de proteção no solo, na qual vale argumentar que rompeu só com o peso da chuva, sem lixo! Isto se deve , porque Seropédica tem altos índices pluviométricos, um dos maiores do Rio de Janeiro, o que sem dúvida gera medo, pois este empreendimento é sem dúvida uma bomba relógio, e se nós não a desativarmos, com certeza muita gente vai morrer! O DCE-UFRRJ que constrói a ANEL, esta nesta luta faz três anos, e convida a todos companheiros e companheiras dos movimentos de luta a combater pelo povo, em honra ao movimento estudantil e pela justiça!


O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.
Albert Einstein

quarta-feira, 20 de abril de 2011

ANEL E DCE-UNB PARTICIPAM DE REUNIÃO COM O MEC

Dia 13 de abril é marcado por protestos de estudantes e servidores em Brasília.

ANEL e DCE UnB, após vitorioso protesto no MEC, reúnem-se com o Secretário Executivo Adjunto do Ministério e reivindicam a suspensão do corte de verbas da Educação e 10% do PIB.

Em uma terça-feira ensolarada, a Esplanada de Brasília foi palco de uma grande mobilização de servidores públicos e estudantes. Impactados com os recentes cortes de verba (mais de 3 bilhões só da educação) e os ataques aos direitos do funcionalismo, como o congelamento salarial de 10 anos, a saída foi levar milhares à Brasília e protestar, exigindo mudanças.

O movimento estudantil organizou uma manifestação muito importante em frente ao Ministério da Educação. A realidade das universidades impulsionou uma adesão significativa, especialmente de Juiz de Fora onde o corte no orçamento da UFJF chegou a 50%, cancelando trabalhos de campo, bolsas de pesquisa, e agravando a falta de professores, estrutura e assistência estudantil. Teve um destaque também à participação dos estudantes da UnB e de seu DCE, que sensibilizados com a recente enchente que inundou salas de aula, laboratórios e derrubou paredes na universidade, deixou claro a precarização estrutural que tende a se agravar com o recente corte de verbas. Tiveram presentes também representações de Goiás, Pará, Fortaleza, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, entre outras cidades.

Após uma importante agitação na porta do MEC, onde os estudantes gritavam “Ô Dilma, assim não dá! Com esse corte não tem como eu estudar!”, uma comissão de 10 alunos das seguintes entidades: ANEL, DCE UnB, DCE UFRJ, DCE UFG, além de Centros Acadêmicos da UFJF e UnB se reuniram com o MEC. Quem nos recebeu foi o Secretário Executivo Adjunto, Francisco das Chagas Fernandes, antigo Secretário da Educação Básica do MEC e reitor da Universidade Federal de Viçosa.

Durante a reunião, a ANEL apresentou sua pauta de reivindicações ao MEC, partindo da necessidade de reverter os cortes de 3,1 bilhões de reais da educação que já está se expressando com força nas universidades e escolas. Além disso, situando a situação das universidades de expansão de vagas sem expansão de recursos suficientes, reivindicamos o aumento do financiamento para a educação de 10% do PIB, e que seja realizado imediatamente, e não como parte de uma emenda no Plano Nacional de Educação, como propõe a UNE, que seria para daqui há 10 anos, em 2020.

A resposta do Secretário não poderia ser mais superficial e passou longe de dar uma resposta que apontasse a solução do problema. Começou dizendo que o corte não impactou e sequer causará qualquer efeito nas universidades e escolas, nem em verba de custeio nem de capital. Afirmou que as obras em andamento do REUNI terão máxima prioridade do governo e que os problemas de agora podem estar relacionados a atrasos no repasse, que seriam resolvidos pelo Ministério. Utilizou a maior parte do seu tempo fazendo propaganda das políticas educacionais do governo Lula e agora, Dilma, afirmando “como nunca se investiu tanto em educação pública nesse país, como nunca ingressaram tantos jovens nas universidades” e assim por diante. Sobre a ampliação no financiamento, foi categórico. Disse que o compromisso do governo é se empenhar para, daqui a 10 anos, investir 7% do PIB para a educação, como disse a presidente Dilma e o seu PNE. A reivindicação dos 10% do PIB, em sua opinião, seria uma proposta completamente inviável. Em recente declaração, o próprio Ministro Fernando Haddad já anunciou que mesmo os 7% previstos serão muito difíceis de conseguir atingir: “o esforço que fizemos em 5 anos para elevar em 1% os investimentos do PIB em educação não foi pequeno” – declarou o Ministro.

Sobre a pauta emergencial da UnB, o Secretário se comprometeu com verbas adicionais para as reformas estruturais da universidade nas áreas atingidas. Consideramos que foi muito importante a atuação unificada da ANEL com o DCE da UnB, porém é importante alertar aos companheiros que não podemos ter uma posição de confiar neste governo e em seu Ministério da Educação. Com apenas poucos meses de governo Dilma, já ficou claro que a Educação não será uma real prioridade de seus gastos e que sua política segue sendo de privatização e precarização da educação pública. Nesse sentido, a postura de elogiar as políticas educacionais, como o Reuni, e afirmar que o DCE tem confiança de que o Ministério irá se empenhar para de fato solucionar os problemas dos estudantes pode levar nossa luta para um final decepcionante. Nós, da ANEL, acreditamos que o caminho que devem seguir os estudantes é o da mobilização, pressão e elaboração de propostas que realmente visem resolver os problemas educacionais, começando por vetar o corte no orçamento e garantir uma ampliação de 10% do PIB para a educação.

A ANEL faz uma chamado a todas as entidades e setores do movimento estudantil independente para realizar uma grande Campanha Nacional contra os cortes e pelos 10% do PIB já! Já temos como parceiros nessa luta o ANDES-SN e boa parte dos Coletivos da Oposição de Esquerda da UNE. Estamos articulando a intervenção a partir das lutas locais no Dia Nacional de Mobilizações da CSP-CONLUTAS, 28/abril, e ainda a construção de um Plebiscito Nacional para o 2º semestre sobre esse tema. A ANEL se compromete, ainda, em fazer do seu 1º Congresso Nacional um grande articulador dessa luta, elaborando um Programa Educacional que esteja comprometido com o caráter público, gratuito e de qualidade, e por isso com uma significativa ampliação do investimento do governo em Educação, além de um Calendário de Lutas.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

CONGRESSO DA ANEL EM MARCHA!

Começou a eleição dos delegados em todo o Brasil!

Nos dias 23 a 26 de junho você já tem um compromisso marcado.

Não fique fora dessa!

Independente do curso, da universidade, da escola, dos compromissos pessoais, uma coisa unifica nesse momento todos os estudantes livres do país: estamos juntos construindo com muito empenho e empolgação o 1º Congresso da ANEL.

Essa semana foi dado um passo crucial para o sucesso do nosso Congresso: iniciamos a eleição dos delegados. Contando já com mais de 100 estudantes eleitos, devemos terminar abril já com algumas centenas de delegados, em processos vivos de debate político, lutas específicas e muita disposição de construir uma nova alternativa nacional para o movimento estudantil brasileiro.

Na última Assembléia Nacional da ANEL, realizada em Belém do Pará, batemos o martelo em relação a Data, Programação e Regimento (confira em neste blog ou em anelonline.org – 1º Congresso). A proposta decidida em Assembléia é aproveitar o feriado de Corpus Christi e realizar o Congresso nos dias 23, 24, 25 e 26 de junho.

Buscamos, na definição da Programação, refletir os processos reais que vivem os estudantes e a Educação em nosso país, convidando palestrantes de Sindicatos e Intelectuais parceiros da ANEL. Buscamos também refletir o apoio às lutas internacionais, deixando um espaço para esse tema e apontando a possibilidade de trazer um representante estudantil do Egito, além de enviar alguém da ANEL para a Conferência dos Movimentos Sociais que será realizada no Cairo, nos dias 3, 4 e 5 de junho. Como não poderia deixar de ser, terá uma centralidade o tema de Combate às Opressões, além de avançar no aprofundamento de novos temas, através dos Painéis Temáticos sobre Cultura, Meio Ambiente, Transportes, Violência, Saúde, etc. Um tema de destaque do Congresso será sobre Concepção de Entidade e Trabalho de Base, para amarrar o funcionamento da ANEL, seu estatuto, finanças, estruturação.

Queremos que este 1º Congresso sirva como um grande articulador das lutas do movimento estudantil brasileiro, aprofundando a discussão do Programa da ANEL em todos os seus aspectos, da nossa Concepção de Entidade, avançando na aliança com a CSP-CONLUTAS, o ANDES-SN e a luta do conjunto da classe trabalhadora e que arme a juventude brasileira para estar a altura dos novos desafios. Será um passo fundamental para consolidarmos, de uma vez por todas, a ANEL como uma nova alternativa do movimento estudantil brasileiro.

Não fique de fora dessa! Marque já a eleição de delegados do seu curso ou escola e organize sua delegação para estar na Federal Rural do RJ, nos dias 23 a 26 de junho.

CONVOCATÓRIA PARA DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO E LUTA!

28 de abril: DIA NACIONAL DE MOBILIZAÇÃO E LUTA!

Maringá-Sarandi, 17 de abril de 2011.

Estimados camaradas,

O governo Dilma acaba de completar três meses, mas, apesar do pouco tempo, já ficou clara sua política de ataques aos trabalhadores e à maioria do povo. Foi assim com o aumento absurdo no salário dos políticos do Congresso, principalmente em comparação com o reajuste abaixo da inflação para o salário mínimo, com o aumento dos juros e as medidas contrárias aos direitos do funcionalismo público federal, especialmente a proposta de congelamento dos salários dos servidores.

A presidente realizou ainda o maior corte da história no orçamento da União, no total de R$ 50 bilhões, atingindo principalmente as verbas nas áreas sociais, como saúde, educação e programas sociais.

Portanto, não faltam motivos para sairmos à luta. O objetivo das entidades de oposição à esquerda ao governo é unificar, num mesmo dia de luta, todas as mobilizações das campanhas salariais com as mobilizações do movimento popular e estudantil. Precisamos organizar um amplo movimento nacional que derrote os ataques dos patrões, do governo Dilma, dos governos estaduais e das prefeituras, e que consiga nossas reivindicações.

Em nossa Região o ato de 28 de abril, acontecerá em Sarandi, que tem propiciado importantes lutas populares como a do lixo e da moradia popular, que precisam ser unificadas com as lutas do conjunto dos trabalhadores, como os servidores estaduais que estão em campanha salarial, além da juventude.

Nesse dia todas as entidades poderão intervir e apresentar suas pautas de reivindicação específicas junto ao governo.

Para isso, convocamos UMA REUNIÃO AMPLIADA DE PREPARAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO DIA NACIONAL DE LUTAS em nossa região.

DATA: 18 DE abril
LOCAL: Salão da Igreja Nossa Senhora Aparecida, centro – Sarandi – HORÁRIO: 20h00

VAMOS JUNTOS UNIFICAR AS LUTAS CONTRA OS ATAQUES DOS PATRÕES E DO GOVERNO!

Saudações!

____________________________
Comissão convocante:
ANEL
CSP CONLUTAS
Mov. dos Trab. por Moradia

Grêmio Colégio Panorama
Oposição APP-Sindicato
PSTU
P-SOL - Sarandi
PCB-Sarand

AGORA É HORA DE PREPARAR O DIA 28

Manifestação dos servidores em Brasília abre caminho para 28 de abril
A manifestação em Brasília no último dia 13/04, que na avaliação das entidades organizadoras reuniu aproximadamente 15 mil pessoas, foi vitoriosa e abriu novas possibilidades de negociação com o governo. O ato dos servidores públicos conquistou também a rejeição do Projeto de Lei 1.992 que permite a aplicação do texto constitucional acabando com a aposentadoria integral para os novos funcionários da União.

A manifestação contou com a presença da militância da CSP-Conlutas e suas entidades filiadas que com faixas, cartazes e bonecos fazendo alusão a Dil-má, chamaram a atenção em Brasília.

Diversas entidades participaram do ato e repercutiram a manifestação em seus informativos e sites.

Veja abaixo alguns deles:


Agora é hora de preparar o dia 28
Essa foi só uma primeira etapa da organização da resistência aos ataques do Governo Dilma. Agora o desafio de todas as categorias, entidades e organizações é fazer um grande dia de luta em 28 de abril.

Baixe o Cartaz do Dia de Mobilizações

Diversos informes estão chegando à Central e com uma intensa movimentação em vários estados. Os atos unificados estão sendo articulados pelas estaduais e regionais da Central. Muitas categorias estão aprovando a participação neste dia de luta, além disso, estão previstos a deflagração de greve ou paralisações dos trabalhadores.

Confira os informes enviados até o momento sobre as atividades nos estados

São Paulo: O Sinpeem aprovou paralisação com um ato no centro da cidade em frente a Sec. de Educação às 13 horas. Metroviários aprovaram como um dia de luta bem como a incorporação na atividade geral que vier a ocorrer. Os sindicatos de servidores como Sindsef/SP, Sintrajud entre outros, estão agendados como dia de luta na categoria.

São José dos Campos: Programada uma passeata envolvendo os metalúrgicos, os trabalhadores dos correios, os aposentados e os trabalhadores do Pinheirinho

Rio de Janeiro: Está indicada a realização de uma passeata (Candelária/Cinelândia) com um comício ao final. Até o momento aprovada paralisação na base do Sindpfaetec. O SEPE realiza manifestação na Alerj e na Secr. Estadual de Educação e ainda haverá assembléia da rede municipal que debaterá a possibilidade de paralisação. Haverá plenária no dia 19/04, de organização da atividade.
Minas Gerais: Em Belo Horizonte haverá o ato unificado com as centrais, contra a alta programada, Além disso, o ato denunciará também os acidentes do trabalho e contará com a participação dos metalúrgicos e de diversas categorias.

O ato começa às 8h com concentração na Praça 7. Participarão a CSP-Conlutas, CUT, CTB, NCST, UGT, CGTB, Fetaemmg, MST, Via Campesina e MAB. Às 10h haverá uma audiência com representantes das centrais, na sede da Superintendência Nacional da Previdência Social em BH, com a possibilidade de que um documento comum seja protocolado.

As entidades filiadas à CSP-Conlutas farão passeata até a Prefeitura de Belo Horizonte, onde também realizarão um almoço coletivo. Haverá ainda manifestação dos professores em frente à câmara municipal.

Em Congonhas, terá outro “trancasso” na porta da CSN – com a presença do SINDICATO DOS TRABALHADORES DA VALE DO CANADÁ.

Dia 02/05 – Terá atividades junto com movimentos sociais – pelo dia do trabalho

Ceará: Os trabalhadores da Construção Civil que aprovaram greve para o dia 18, farão atividades pelo dia de luta contra os acidentes de trabalho. Os rodoviários debaterão em assembléia a realização de uma paralisação para o dia de luta. Professores iniciam greve no dia 27/04. Servidores municipais do Vale do Jaguaribe aprovaram participar do dia 28. Está sendo articulado para que haja um ato unificado neste dia.

Paraíba: Servidores municipais de Bayeux aprovaram em assembléia a adesão ao dia nacional de luta.

Vamos seguir com a preparação e organização do dia de luta e incentivar a participação dos trabalhadores, estudantes e movimentos populares, nas atividades específicas e gerais que estão sendo organizadas. 

Portanto, no dia 28 de abril vamos levantar bem alto as nossas bandeiras por:
  • Redução e congelamento dos preços;
  • Aumento geral dos salários e das aposentadorias;
  • Direitos sociais e trabalhistas;
  • Valorização dos serviços e dos servidores públicos;
  • Transporte público, de qualidade e não aumento das tarifas;
  • Moradia digna para os trabalhadores;
  • Não ao pagamento da dívida pública.

ANEL - MARANHÃO: A caneta de sangue de Roseana Sarney e o sangue de luta dos professores *

Gramsci e tantos outros “intelectuais militantes” diziam que a dominação de classe no capitalismo se dá por consenso/convencimento ou por coerção/repressão. Quando a primeira alternativa falha, entra em cena a segunda. Os métodos utilizados pela governadora Roseana Sarney e sua Secretária de Educação Olga Simão contra os professores em greve no Estado do Maranhão confirmam essa máxima marxista. Eu mesmo tive oportunidade de participar de uma reunião na escola em que leciono com a então recém-empossada secretária de Educação. A leveza na fala e a atenção dispensada às angústias e denúncias dos professores impressionavam. Para alguns desavisados a postura dessa senhora era digna de auréolas. Pura impressão! Bastou iniciar a greve para a essência se sobrepor à aparência. O governo Roseana (PMDB/PT) resgatara sua fisionomiamais draconiana. Em primeiro lugar, assistimos a uma avalanche de notas distorcidas na imprensa que colocava os professores em condição de mercenários. Diziam que recebíamos o melhor salário do Brasil e que queríamos prejudicar os estudantes. Para isso, comparavam o salário de professores com nível superior e mais de 20 anos de sofrida docência no Estado do Maranhão com companheiros com nível médio em início de carreira em outros estados. A oligarquia Sarney usava a TV Mirante como “escudo” da juventude pobre do Maranhão e perguntava: a quem interessa essa greve? Mas,o pé do governo sangrou, o tiro saiu pela culatra e atingiu seu calcanhar de Aquiles. Erraram por atacar o conjunto da categoria, grevistas e não grevistas; assanharam a categoria, as escolas foram silenciadas e o movimento ensurdeceu as ruas. A tática do convencimento de Roseana mostrava seus limites e debilidades; a “caneta” precisava sangrar em favor da repressão.

A primeira canetada de Roseana Sarney foi para financiar entidades estudantis que emergiam do submundo das escolas para tentar atacar moral e fisicamente professores. O subserviente deputado Roberto Costa (PMDB) aparece em fotos junto com “estudantes” em manifestação contra a greve em frente à sede do sindicato. Ao seu lado, um carro de placa branca do governo do Estado “alimentava” os jovens com panfletos, água e lanches. Houve tentativa de invasão da sede do sindicato. A segunda canetada repressiva do governo partiu do judiciário. Só para lembrar Gramsci, é na esfera político-jurídica que se encontra o “punho de aço” do Estado. Ou seja, é onde se concentra a repressão. O desembargador Marcelo Carvalho Filho julgava a greve ilegal, com base em argumentos pra lá de inescrupulusos. Engana-se quem pensa que esse senhor tomou uma decisão judicialmente equivocada. Pelo contrário, a decisão foi política. Considerar que greve na educação coloca a vida dos indivíduos em risco de morte enquadrando-a na Lei 7.783/89 é um ato que, se vivêssemos de fato numa democracia, seria suficiente para arrancar a toga e cassar o diploma desse senhor. Mas, como já afirmamos, essa foi uma decisão politicamente correta no universo de injustiças que sustenta o grupo Sarney. O mesmo ato judicialmente insano foi praticado no STF pelo ministro Ricardo Lewandowski, que negou prosseguimento ao pedido do sindicato. Uma grave demonstração de que as garras do grupo Sarney estão fincadas no conjunto das instituições do Estado brasileiro e não apenas do Maranhão. Aqueles educadores que alimentavam ilusões no judiciário e na democracia burguesa foram obrigados a rever suas posições. Com tanto descalabro, o sangue da categoria ferveu e o pulso bateu mais forte. Roseana Sarney apostava suas fichas no STF, mas a categoria apostou nas mobilizações.

A continuidade da greve foi ratificada em assembléia no dia 07 de abril com cerca de 3 mil professores. O governo de Roseana entrava em um frenético desespero. No dia seguinte (sexta-feira) realizaram uma reunião com a susserania do governo e no sábado com dezenas de diretores de escolas. O governo exigia dos seus vassalos fidelidade plena. Uma onda de terror tomou conta da educação pública do Maranhão. Eram telefonemas e mais telefonemas aos professores. Especialmente aos contratados e recém-nomeados, ameaçando-os de devolução ou mesmo de demissão, conforme ocorreu no município de Barra do Corda. Uma “força tarefa” nunca vista na educação do Maranhão foi montada em caráter de urgência pelo governo. A maioria das escolas foi ocupada por técnicos da SEEDUC (Secretaria de Educação) para desempenhar uma função não prevista na LDB, a de capataz de governo. O estado de exceção foi instalado. Grevistas estão sendo tratados com quadrilheiros, alunos como detentos e as escolas como presídios. Correntes e cadeados novos impedem alunos de sair e professores grevistas de entrar nesses recintos públicos. Muitos professores estão acuados, outros aterrorizados, alguns foram internados com crise de nervos. Tudo isso deveria ser suficiente para a direção do SINPROESEMMA (CTB) excluir do Estatuto do Educador a famigerada Avaliação de Desempenho, sob pena de essa mesma avaliação tornar-se o último tijolo da muralha que tenta fazerda escola pública um feudo da oligarquia Sarney.

Ouço, como piada, diretores e os ditos “técnicos” dizerem que, por serem professores, são solidários à nossa luta, mas que, por outro lado, nada podem fazer a não ser cumprir as ordens “supremas”. Solidariedade seria entregar os cargos ou pelo menos se negarem a cumprir ordens punitivas contra colegas de profissão. Mas não! as escolas foram lacradas. Vários professores foram substituídos por outros que não aderiram à greve, numa clara tentativa de jogar a categoria contra a própria categoria. Infelizmente, entre os trabalhadores há aqueles que se submetem a situações humilhantes e indignas. Mas há aqueles, uma maioria absoluta, que trazem nas veias o sangue lutador. Continuam nas ruas, fazendo aquilo que podem, enfrentando diretores, jornalistas reacionários e as ameaças de exoneração. Até a principal BR do Maranhão foi bloqueada no intuito de desbloquear as negociações emperradas pelo autoritarismo neofacista do governo do Estado. A greve de uma categoria foi transformada em guerra de classe. Gostaria de saber aonde os “coveiros” da luta de classe, especialmente os pós-modernos, irão enfiar suas caras e teorias? Neste contexto, a razão comunicativa da sociedade dialógica de Habermas não passa de um cadáver fantasmagórico, morto pela realidade concreta, apesar de existir apenas como idealismo infantil no mundo capitalista. Repito, essa greve é uma guerra de classe contra classe.

Vergonhoso também é o papel que o PT e a CUT do Maranhão assumem nesse mesmo cenário. E preciso lembrar que o PT é parte desse governo, tem o vice-governador e alimenta a caneta de Roseana Sarney com o sangue de nossa classe. A CUT se esconde e não lança uma única nota em apoio à greve dos professores. Na verdade, lideranças históricas da CUT e do PT estão envolvidos até a medula nos casos de corrupção da FAPEMA do INCRA. Assim, como a categoria enterrou simbolicamente a governo de Roseana Sarney no ultimo dia 15/04 (quinta-feira), aos militantes desse PT um gesto importante para a greve seria se desfilarem em massa desse partido, desenterrando-o dos seus corações e mentes.

E lamentável ver tamanha covardia com uma categoria de homens e mulheres que passam mais tempo com os filhos da comunidade onde estão localizadas suas escolas do que com seus próprios filhos. É lamentável ouvir jornalistas como Roberto Fernandes que sempre nutriu uma grande simpatia da classe trabalhadora desse estado reproduzindo fielmente o discurso criminalizador de seus patrões da Mirante. Espero que o espírito desse camarada não esteja assombrado pelos “fantasmas” que rondam a Assembléia Legislativa do Maranhão? Na verdade, não são apenas os educadores que estão na alça de mira desse governo, mas a juventude de periferia que igualmente clama por uma educação de qualidade. “Prefiro ficar com sede até o final do horário do que beber essa água com gosto de esgoto”, assim desabafou uma aluna da escola Paulo XVI após aderir ao ato dos professores no bairro Cidade Operária. Não tenho dúvida que aqueles que negam uma educação de qualidade para esses jovens são os mesmos que entopem os bairros de periferia com crak, merla e armas. Essa é a politica de mão dupla do governo Roseana para a juventude pobre e negra. Os familiares dos 18 massacrados em Pedrinhas que os digam.

Eu, particularmente, não acredito na possibilidade de universalização da educação pública no capitalismo, nem muito menos que a educação irá resolver os graves problemas estruturais desse modo de produção. Na hierarquia de organização da sociedade capitalista a escola é um importante espaço de disputa por poder, mas não é dela que emana o poder dos que controlam a sociedade como um todo. No entanto, entendo que a luta por uma educação pública de qualidade é uma tarefa que não devemos abrir mão de jeito algum, especialmente num estado como o Maranhão que ocupa os mais baixos IDH’s do Brasil. A luta por uma educação libertadora deve ser parte da luta por uma sociedade de homens e mulheres livres. Por isso continuo orgulhoso em ser professor da escola pública e de, juntamente com outros (as) companheiros (as), dedicar uma parte preciosa de minha vida para lutar por uma educação pública e de qualidade, no que pese todo e qualquer tipo de retaliação.

* por Hertz Dias, graduado em História, mestre em educação e militante da CSP Conlutas-MA.

GREVE DOS TERCEIRIZADOS DA USP!

ANEL em apoio a greve dos Terceirizados da limpeza da USP!

Tempos de lixo… tempos de luta… Há uma semana a Universidade de São Paulo está sendo palco de uma intensa mobilização dos trabalhadores terceirizados da limpeza devido ao atraso no pagamento de seus salários. Somado a isso, a radicalização dos trabalhadores também reflete as péssimas condições de trabalho da categoria. A Reitoria da USP e a empresa responsável afirmam que os salários já foram depositados em juízo. Mas o concreto é que até hoje os pais e mães de família não receberam seus salários e estão passando por uma situação dramática. Como forma de pressionar o atendimento as suas reivindicações os trabalhadores paralisaram suas atividades nessa semana. Em resposta, a Reitoria da USP, também responsável pelas relações trabalhistas na Universidade, ao invés de pressionar a empresa e se responsabilizar pelo pagamento dos salários, optou por imediatamente contratar outra empresa para garantir os serviços de limpeza como tentativa clara de enfraquecer o processo de mobilização dos terceirizados em greve. Mas os trabalhadores não ficaram calados e a semana na faculdade de Filosofia e Ciências Humanas foi marcada com intensas mobilizações. Saindo da Reitoria em passeata, os terceirizados e se somando a eles, centenas de estudantes, reviraram a FFLCH e, como forma de protesto, espalharam o lixo pelos corredores e salas de aula denunciando em alto e bom som “Na USP está voltando à escravidão!”. A forma de protesto gerou um grande debate na comunidade Universitária. A argumentação de que o “modo do protesto” impõem falta de condições de higiene esquece na verdade que os trabalhadores da limpeza que limparam durantes anos os mesmos corredores e salas de aula vivem hoje um drama real devido a falta de salários e condições de trabalho. Trabalhadores da limpeza: contem com os estudantes! Nessa discussão, a ampla maioria dos estudantes tomou lado e se somou em apoio e mobilização ao lado da categoria paralisada. Foram passagens em sala, plenárias e muita discussão que debateram o tema e, além da solidariedade aos trabalhadores, hoje se reflete na paralisação de cursos como o de História e Letras noturno. A Assembléia Nacional dos Estudantes – LIVRE está presente nessa mobilização e reafirma seu incondicional apoio a luta dos trabalhadores terceirizados. Acreditamos que é uma tarefa fundamental dos estudantes que defendem uma Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade estar ao lado dos trabalhadores nesse momento, ampliando o apoio e solidariedade a essa categoria. Reitor Rodas: O estudante e os trabalhadores devem ser prioridade! Queremos uma USP Pública, gratuita e de qualidade! A política de terceirização vem sendo aprofundada nos últimos anos como parte de uma política de desresponsabilizar a Instituição e aprofundar o caráter privado na USP. A Reitoria tem a responsabilidade de responder sobre os atuais acontecimentos, garantindo o pagamento dos salários dos trabalhadores urgentemente! Mais que isso, a ANEL defende a incorporação desses trabalhadores ao quadro de funcionários da USP garantindo a estabilidade e os direitos trabalhistas como forma de enfrentar as péssimas condições de trabalho e emprego dessa categoria. Mas, infelizmente, a terceirização e suas conseqüências não é o único problema no cenário da USP. Atualmente é mais uma face do projeto levado pelo atual Reitor Rodas de “modernização” da USP. Esse projeto se concretiza de forma desigual pela USP, mas já tem efeitos reais: reestruturação e fechamentos de cursos para se adequaram a uma lógica mais “competitiva”; perseguição aos movimentos sociais da Universidade, falta de estrutura nos prédios, salas de aula e laboratórios versus investimentos milionários no mercado (A Reitoria comunicou um gasto de quase 250 milhões de reais para comprar prédios e vagas de estacionamento fora do Campus!!!); etc. Assim, hoje, encher de solidariedade e ajudar a ampliar a mobilização dos trabalhadores terceirizados é antes de tudo se enfrentar com esse projeto do Reitor Rodas e defender uma USP 100% pública, gratuita e de qualidade. Por isso, é tão importante que o conjunto da comunidade acadêmica, professores, estudantes e demais funcionários apóiem esse processo entendendo a importância de prestar solidariedade a esses trabalhadores. A ANEL faz o chamado para que o estudantes se insiram nessa mobilização e tragam o vigor de luta da juventude em defesa dos trabalhadores e de uma Universidade livre da injustiça!

CARTA ABERTA DAS/OS ESTUDANTES DA UNB AO REITOR JOSÉ GERALDO

Reitor Zé Geraldo,

Nós, estudantes da UnB, reunidos/as em Assembléia Geral, consideramos que há muitos anos nossa universidade tem sofrido com uma série de problemas estruturais. Com o desastre ocorrido no último domingo – que muito lamentamos, fica evidente a situação de abandono em que a UnB se encontra. Se, como vem sendo amplamente divulgado pela mídia, o problema relativo ao escoamento de água das chuvas já era conhecido, no mínimo desde 2009, por que nunca foi feito nada ou sequer discutido esse assunto com a comunidade acadêmica? Que outras tragédias teremos que esperar, para que o poder público (Governo Federal, GDF e Reitoria) deixe de ser negligente e atue no sentido de resolver as mazelas educacionais sentidas pelos/as estudantes? Queremos reconstruir a UnB sob outras bases. Não agüentamos mais tanto descaso com a educação! Faltam-nos prédios para estudar e alguns dos que existem estão caindo aos pedaços, como no caso do Minhocão, da FE 5 e do HUB. Nossas salas de aulas andam superlotadas, faltam professores/as e as disciplinas ofertadas são insuficientes. Nossos CA’s são fechados arbitrariamente e a assistência estudantil continua passando longe das prioridades da Reitoria.

É por isso que apresentamos uma pauta de reivindicações para reconstruir a UnB e garantir ensino, pesquisa e extensão de qualidade para todos/as:

1. Pela imediata suspensão do corte de R$12 milhões da UnB e o corte de R$3,1 bilhões da educação! Queremos verbas emergenciais para a reconstrução da UnB!

2. Reforma no Minhocão, na FE 5 e no HUB já! Queremos segurança para estudar!

3. Que a Reitoria, junto ao governo Agnelo, repare e garanta o escoamento pluvial da UnB e da cidade!

4. Pela conclusão das obras da FGA e FCE!

5. Qualidade nas obras da CEU! Que nenhum/a estudante fique desatendido/a nas suas necessidades de moradia estudantil! Pelo pagamento imediato e ampliação de bolsas!

6. Que seja reavaliada a política de expansão da UnB, para garantir que haja qualidade e investimentos compatíveis com o aumento do número de estudantes!

7. Que a Reitoria destine verbas para o auxílio à reconstrução do CA’s atingidos! Por espaço físico para todos os Centros Acadêmicos!

8. Contratação de professores/as e funcionários/as, já! Pela reabertura dos concursos públicos!

9. Chega de filas no RU! Pela imediata ampliação do Restaurante Universitário e a construção de RU’s nos novos campi!

10. Contra o corte orçamentário da Capes!

11. Pelo fim da contrapartida trabalhista nas bolsas-permanências!

12. Contra a MP nº520, em defesa dos hospitais universitários!

13. Contra a demissão de 25% do quadro de terceirizados/as da UnB!

14. Queremos 10% do PIB para educação já!

15. Pela realização imediata de uma audiência pública com o reitor!


Assembléia Geral dos/as Estudantes da UnB, 14 de abril de 2011

domingo, 17 de abril de 2011

UFOPA: REITORIA DETERMINA ABERTURA DE PROCESSOS CONTRA ESTUDANTES

Notificação aos Estudantes
(Clique para ampliar)
O autoritarismo e o arbítrio tomaram conta da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). Já não bastasse o Processo Administrativo Disciplinar aberto contra o professor Gilson Costa e as duas sindicâncias abertas contra estudantes e técnicos administrativos que participaram de um protesto pacífico ocorrido durante uma aula inaugural pública, agora abriram mais processos de perseguição em massa.

Dezenas de estudantes, entre cinquenta e oitenta, deverão ser notificados na próxima segunda-feira que foram abertos PADs contra os mesmos por terem participado do referido protesto. O curioso é que o processo de sindicância foi concluído em tempo recorde sem que nenhum dos estudantes acusados tenha sido ouvido.

A informação vazou no final da tarde desta sexta-feira, 8 de abril. No turno da noite, alguns calouros que estudam no chamado “Centro de Formação Interdisciplinar” já foram notificados. Segundo informações que me chegaram de forma sigilosa, serão processados 21 estudantes do Instituto de Ciências da Sociedade, com predomínio de estudantes de Direito e mais 30 dos cursos do Instituto de Ciências da Educação, além de estudantes de vários outros centros e cursos.

É necessário reforçar a campanha de solidariedade ao Movimento Estudantil da Ufopa, ao professor Gilson Costa e ao técnico-administrativo Wallace, que também deverá responder a um processo administrativo. As entidades, movimentos, partidos e pessoas devem enviar moções conforme abaixo.


ENVIE MOÇÕES DE REPÚDIO:


Ao Reitor da Ufopa
Sr. Seixas Lorenço

Twitter: @UFOPA
Fax: (93) 3064 9090


ENVIE MOÇÕES DE SOLIDARIEDADE:


Professor Gilson Costa

Servidor Wallace

DCE Ufopa

quinta-feira, 14 de abril de 2011

TROQUE UM DEPUTADO POR 344 PROFESSORES!

Nenhum trabalhador em nosso país tem o direito de decidir seu próprio salário. A presidente e os deputados têm! O mesmo congresso que acaba de votar o indigno salário mínimo de R$ 545, decidiu reajustar o salário da presidente em 133% e dos deputados em 62%.

A ANEL considera isso um absurdo! Tomando como referência o piso salarial de um professor de ensino básico no estado da Bahia, o custo de um deputado equivale ao de 344 professores. Uma distorção que é um ultraje ao sofrido povo brasileiro. Enquanto o governo gasta só com os salários dos deputados R$ 800 milhões de reais por ano, o orçamento de2010 para a prevenção de acidentes naturais foi de R$ 400 milhões e o governo federal gastou apenas 40% desse valor! Assim, entendemos porque as chuvas e enchentes do começo do ano geraram tantas mortes e desabamentos. Esse aumento absurdo dos deputados e da própria presidente Dilma deve ser denunciado pelo movimento estudantil, exigindo a imediata redução do salário dos parlamentares e que haja um reajuste também de 62% do salário mínimo e maior investimento nas áreas sociais.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Estudantes protestam hoje no MEC, contra cortes no Orçamento

Entidade estudantil realizará ato hoje em Brasília

Os cortes de R$3 bilhões no orçamento da educação deste ano estão tendo efeitos nas universidades. Em protesto, estudantes farão um ato nesta quarta, 13 de abril, no Ministério da Educação (MEC), em Brasília.

O ato é organizado pela ANEL (Assembléia Nacional dos Estudantes – Livre), entidade que é uma dissidência da UNE. A ANEL prega independência entre o movimento estudantil e o governo e, portanto, questiona a relação que a UNE mantém com o Planalto.

A ANEL exigirá no ato ser recebida por representante do MEC. Em pauta, a situação de universidades como a UnB, UFRJ, UFJF, UESPI, UESB e UEPA, que estão sofrendo com os impactos do corte de verbas.

Abaixo, documento que a entidade protocolará no Ministério.

No início deste ano, a presidente Dilma Roussef anunciou cortes de R$50 bi no orçamento geral da União. Desse montante, R$3 bi foi o valor contingenciado da educação. No momento em que um ciclo expansivo caminha para se concluir, está ficando claro que as verbas do REUNI não garantem que essa expansão seja feita com qualidade. O recente corte no orçamento, portanto, reforça essa tendência. Neste momento, os estudantes das universidades públicas vêem cada vez mais os reflexos concretos da retrição orçamentária.

Na UFJF, o ano de 2011 correrá com orçamento 50% menor em relação ao ano anterior. É um caso muito grave. A reitoria já anunciou que, neste ano, nenhum estudante poderá fazer trabalho de campo com o apoio da instituição. Todo o orçamento destinado à passagens, fundamental para um número imenso de atividades acadêmicas, já está esgotado.

Na UFRJ, o incêndio no palácio universitário, um patrimônio histórico, comoveu amplos setores da sociedade, mas também evidenciou que a universidade está asfixiada pela escassez de verbas. Há indícios de que os trabalhadores na obra incendiada estavam com seus salários atrasados, devido ao não cumprimento das obrigações da universidade com a empresa responsável pela obra.

Na UnB, beira o ridículo a situação do campus alagado recentemente. A falta de manutenção estrutural faz com que uma instituição tão renomada, não resista sequer aos efeitos da chuva. O prejuízo é incalculável e o transotorno para professores, funcionários e estudantes é irreparável. Além disso, naquela mesma universidade, o campus de Gama é palco de uma luta estudantil em protesto ao atraso na entrega das obras dos novos prédios. Essa situação condena os alunos, que já estão fartos, a estudarem em condições e salas de aula precárias.

Há uma agenda dos governos em geral neste ano comprometida com cortes de verbas na educação. Assim como, no conjunto das instituições federais há queixas comuns entre os estudantes – como um aumento visível nas filas para uso dos restaurantes universitários, evidenciando o esgotamento da atual política de assistência estudantil -, também nas universidades estaduais pode-se sentir os efeitos da escassez de verbas.

Na UESPI, há uma forte mobilização em curso, que agrega professores, funcionários e estudantes, cujo nome do movimento evidencia a situação daquela universidade: SOS UESPI. A Reitoria se recusa a publicar dados relativos ao orçamento da instituição, que sofre com falta de professores e condições estruturais. O governo do estado do Piauí acena com a possibilidade de uma intervenção na administração da universidade, como se estivesse, ele próprio, oferecendo garantias à comunidade acadẽmica.

Na Bahia, a UESB também é o cenário de uma forte luta estudantil. O governador daquele estado publicou, recentemente, um decreto cortando verbas das universidades estaduais. Isso em um cenário onde a precariedade do ensino já é latente. Começa a se gestar uma luta unificada entre a comunidade da UESB e da UNEB exigindo a revogação do decreto do governo.

Também no Pará há um decreto estadual sacrificando o ensino superior estadual. A UEPA, que conta apenas com um restaurante universitário na capital, teve – como reflexo do decreto de Jatene – dezenas de professores substitutos demitidos, lesando outras dezenas de turmas que estão sem professor.

Nossa conclusão, portanto, é que o corte de R$3 bi no orçamento da educação este ano veio a potencializar problemas sentidos pelo estudantes e a asfixiar ainda mais as instituições do ponto de vista orçamentário. O governo garantia que seu projeto de expansão não afetaria a qualidade de ensino, mas isso está sendo posto a prova e a realidade mostra que há dificuldades grandes. Sobretudo, questionamos: por que os cortes, no momento em que o país vive uma etapa de crescimento econômico? Por que começar 2011 com R$3 bi a menos para a educação, se 2010 terminou com o PIB crescedo em 7,5%?

Nesse sentido, exigimos:
  • Revisão imediata do corte de R$3 bi no orçamento da educação
  • Expansão com qualidade nas universidades
  • Por 10% do PIB para a educação já!
  • Aumento imediato das verbas destinadas a assitência estudantil
  • Por uma verba emergencial específica para as universidades que se encontram em dificuldades
Ademais, no bojo do atual debate em torno a elaboração do novo Plano Nacional de Educação, nos sentimos no direito de exigir que os estudantes de todo o país possam opinar. Principalmente, pelo balanço desastroso do último PNE, que pelo vetos impostos por FHC e mantidos por Lula, já confere a elaboração do próximo plano um ar de desmoralização.

Mais ainda, com a manutenção do ProUni e o lançamento do Pronatec, seguimos assistindo ao MEC respaldando a isenção fiscal em favor de instituições privadas – ao passo que as universidades públicas, como já visto, padecem sob o efeito do corte de verbas.

Portanto, exigimos:

  • 10 % do PIB para a educação a partir de 2012 – Alteração da meta 20 do novo PNE.
  • Expansão com qualidade – nenhum diminuição no custo/aluno de graduação – retirar a meta de diminuição de 38% do custo aluno graduação definida no Relatório Plano Plurianual 2008- 2011 publicado pelo MEC no início deste ano.
  • Não às metas do REUNI – Retirada da estratégia 12.3 do novo PNE – “Meta 12. Estratégia 12.3 Elevar gradualmente a taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais nas universidades públicas para 90% (noventa por cento), ofertar um terço das vagas em cursos noturnos e elevar a relação de estudantes por professor para 18 (dezoito), mediante estratégias de aproveitamento de créditos e inovações acadêmicas que valorizem a aquisição de competências de nível superior. “
  • Nenhum dinheiro público para a educação privada

ANEL – ASSEMBLÉIA NACIONAL DOS ESTUDANTES – LIVRE
Brasília, 13 de abril de 2011

ANEL-PR NA LUTA PELO PASSE LIVRE EM MARINGÁ



A última quarta-feira, 03 de março, foi marcada pela manifestação de estudantes contra a licitação do transporte coletivo em Maringá. O ato contou com a presença de diversas entidades estudantis, entre elas a ANEL e o DCE da UEM, denunciando o edital de licitação aberto para o próximo dia 14 em que apenas a atual empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) poderia concorrer.

Contudo, o que se iniciou devido ao processo de licitação aberto pelo prefeito Silvio Barros II (PP) que daria o monopólio de atuação para a empresa pelos próximos 40 anos, logo tomou como palavras de ordem centrais, além do cancelamento da licitação, o valor abusivo do transporte (R$ 2,60) e o Passe Livre.

A Luta pelo Passe Livre
As privatizações do serviço de transportes públicos fizeram com que a lógica predominante seja a do lucro, e não da qualidade do serviço. Assim, os ônibus estão ficando cada vez mais caros, a qualidade do transporte cada vez pior, a disponibilidade de linhas cada vez menor e as condições de trabalho dos motoristas (que em Maringá são cobradores também) cada vez mais difíceis. Além disso, em Maringá existe o chamado Passe do Estudante que está longe do ideal. Os estudantes apenas podem utilizar esse direito nos horários próximos as aulas e em determinadas linhas que compõe sua ida e volta das escolas e universidades.

O direito ao Passe Livre é uma responsabilidade do Estado previsto na Constituição Federal. Portanto, o governo de Dilma Roussef deveria emitir uma Lei Nacional que garanta a existência e o financiamento desse direito para todos os jovens e desempregados, o que infelizmente não vimos acontecer durante os 8 anos de governo Lula. Os trabalhadores deveriam pagar tarifas que estivessem de fato relacionadas à manutenção dos ônibus, a qualidade dos serviços, e as condições plenas de trabalho dos motoristas e cobradores, o que seria possível se o Estado fosse o responsável por garantir esse direito à população.
Porém, o Passe Livre está longe de ser uma utopia, afinal grandes cidades do país já possuem esse direito, que foi conquistado com grandes lutas e mobilizações de jovens e trabalhadores.

Está só começando...
Junto com a luta pela estatização do transporte público em Maringá e em todo o Brasil, a ANEL, lutará incansavelmente com diversas entidades estudantis, sindicais e populares pelo direito ao Passe-Livre Nacional, para estudantes e desempregados.

O primeiro passo é o cancelamento dessa licitação, mas não podemos parar por aí. Nossa principal luta será por nossos direitos e dentre eles, o direito ao Passe Livre.

Participe das próximas atividades!

terça-feira, 12 de abril de 2011

CHEGA DE CORTES NA EDUCAÇÃO! 10% DO PIB JÁ!

Neste início de ano, a volta às aulas renova as expectativas de todos nós estudantes. Nas escolas e universidades, vamos retomando os estudos, revendo os amigos e traçando novos projetos. Em particular os calouros das universidades, mesmo os que tiveram dificuldades com todas as confusões envolvendo o novo ENEM, se entusiasmam com a experiência de ingressar no ensino superior.

Graças a muita luta, as universidades públicas brasileiras ainda mantém significativa qualidade no ensino. Ainda assim, também é verdade que nem tudo é fácil. Problemas como falta de professores, estruturas físicas precárias, laboratórios insuficientes ou salas lotadas são comuns em muitos cursos. Sem falar da ausência de políticas massivas de permanência estudantil, como bolsas de estudo, bandejões para todos e alojamentos. Na medida em que o REUNI impõe que as universidades tenham verbas insuficientes para realizarem sua expansão, esses problemas vão aumentando.

Para que as universidades possam se expandir com qualidade e avancemos em soluções para os problemas relativos ao nosso ensino, deveríamos contar com um abundante investimento de verbas públicas para a educação pública. Mas, infelizmente, uma das primeiras medidas tomadas pelo governo Dilma foi a retirada de 50 bilhões do Orçamento Geral da União, o que para a educação significa 1,3 bilhão de reais a menos no orçamento das universidades e escolas.

No Brasil, vivemos ainda um período de estabilidade econômica, onde os efeitos mais fortes da crise econômica mundial não se fazem sentir com força em nosso país. Mas se a economia está crescendo (7,5 % em 2010) e se o governo propagandeia tanto “como o Brasil vai bem”, porque Dilma inaugura seu mandato anunciando cortes de verbas? Questionamos também a suspensão de concursos públicos e a desvinculação dos Hospitais Universitários das universidades.

Por tudo isso, a ANEL quer, em 2011, organizar em cada universidade e escola os estudantes brasileiros para lutar por melhores condições de ensino. Para garantir uma educação pública e de qualidade, precisamos exigir da Dilma que revogue os cortes no orçamento e garanta 10% do PIB para a educação já!

O novo pede passagem. Mais um ano se inicia e traz com ele o prenuncio de um tempo de grandes transformações. Do exemplo de luta que vem do Egito e de todo o mundo árabe, reforçamos nossa confiança na força da juventude mobilizada.