quarta-feira, 25 de maio de 2011

22 DE MAIO FICARÁ MARCADO NA HISTÓRIA MARINGAENSE COM A 1ª CAMINHADA DA DIVERSIDADE

No último domingo, 22 de Maio, ocorreu em Maringá – PR a 1ª Caminhada da Diversidade – Maringá a favor da Igualdade. Nós da Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (Norte do Paraná), que aprovamos em nossa 1ª Assembleia Regional a construção desse evento, participamos efetivamente do mesmo, protagonizando a abertura da caminhada com uma faixa exigindo a Criminalização da Homofobia a partir da aprovação da PLC 122. 

A Caminhada contou com a presença de aproximadamente 600 pessoas, dentre elas membros da comunidade LGBTT e simpatizantes, reivindicando desde o livre direito a andar de mãos dadas e namorar em espaços públicos até que o governo Dilma aprove o PLC.

Para nós, esse evento foi fundamental para expor a pauta de reivindicação do Movimento LGBTT em Maringá. Isso devido ao fato desta cidade apresentar um perfil extremamente conservador que se expressa em atitudes dos governantes locais como o veto do prefeito Silvio Barros II do mesmo Partido do deputado Jair Bolsonaro (PP) ao projeto Escola sem Homofobia. 

Esta Caminhada, que ficará marcada na história maringaense, faz parte de um processo de luta pela equiparação de direitos dos homossexuais que ocorre nacionalmente. Exemplos desse processo são a II Marcha Nacional contra a Homofobia que ocorreu no último dia 18 em Brasília, os Beijaços em diversas universidades estaduais e federais e os debates organizados para discutir os rumos do movimento LGBTT brasileiro. 

Apesar de vivermos no século XXI e em uma sociedade que já sofreu diversas modificações, acreditamos que estas não foram suficientes para vivermos realmente em uma sociedade igualitária. Assim, cabe a nós, homens e mulheres, homossexuais e heterossexuais nos mobilizarmos desde já em busca de um novo alvorecer. Para isso, lutamos pelo amor igual, para que os homossexuais possam manifestar seus sentimentos sem qualquer represália, sem medo de agressões, piadinhas de mau gosto ou provocativas, ou seja, para que esse amor seja reconhecido como verdadeiro. 

Muitos assistem novelas, como foi o caso em “O Clone”, e se emocionam com o amor de Jade por Lucas, impossibilitado de se realizar, por inúmeros fatores, então porque não nos emocionarmos com o amor de um casal homossexual que não podem se unir legalmente? 

Contudo, apesar da vitória na 1ª Caminhada da Diversidade, acreditamos que devemos ampliar nossa organização em defesa dessa pauta e por isso, nós da ANEL – Norte do Paraná convidamos todos estudantes, sejam da comunidade LGBTT ou não, da Universidade Estadual de Maringá a dar continuidade a essa luta legítima. Para isso, estamos propondo a criação de um Grupo de Trabalho da ANEL na UEM que discuta e elabore nossa política relacionada aos setores mais oprimidos da sociedade atual, ou seja, os homossexuais, mulheres e negros. 

Assim, convidamos todos para nossa primeira reunião que ocorrerá na próxima sexta-feira (27/05), às 18 horas, no bloco M-05 da UEM. Pois, “o mundo evoluiu tanto e eu ainda não tenho um lugar para namorar” (Reinaldo Arenas, escritor cubano e homossexual – modificado).

terça-feira, 17 de maio de 2011

DIA 22, PARTICIPE DA CAMINHADA DA DIVERSIDADE

CAMINHADA DA DIVERSIDADE
Maringá a favor da Igualdade.
22 de Maio de 2011 – 15 Horas – Praça do Paço Municipal.

Um verso do poema “Quase” de Fernando Pessoa nos é útil em compreender a questão homoafetiva no Brasil atualmente: ‘Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza’. Nossa luta por direitos civis foi ecoar no Judiciário Federal (no último dia 05 de Maio reconheceu a União Estável para casais homossexuais, que NÃO é o mesmo casamento civil da maioria dos casais), mas em “quase nada” repercutiu no Governo Dilma (PT), que possui maioria no Congresso Nacional. A presidenta prefere enaltecer suas alianças políticas com megaempreiteiras e com setores religiosos conservadores do que reconhecer a legitimidade dos direitos das lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros. Exigimos que o Governo Federal proponha a equiparação jurídica dos direitos civis para LGBTTTs e utilize sua maioria parlamentar para fazer aprová-la no Senado e na Câmara.

Vamos às ruas não somente porque queremos casar como os heterossexuais, mas queremos dizer aos maringaenses e circunvizinhos que o Nosso Amor é Bonito, é Fraterno, é Digno, É Igual. Sabemos que nenhum homem, nenhuma mulher, nenhuma travesti têm o direito de se sentir expulsa(o) de seus próprios afetos e assim, Nando Reis nos brinda com sua música “Quem vai dizer tchau” ao dizer ‘tornar o Amor Real é expulsá-lo de você pra que ele possa ser de alguém!’ Quem pode pensar que uma lésbica, uma travesti ou um gay não queira andar de mãos dadas com sua namorada ou namorado na Avenida Tiradentes (ou qualquer outra) de Maringá? Existem pessoas que Matam o Amor: em 2010 os assassinatos de pessoas LGBTTT cresceram 31,3% em relação a 2009 segundo o relatório anual do Grupo Gay da Bahia. Exigimos a Criminalização exemplar e inafiançável de todas as formas de fomento e efetivação de violência contra LGBTTTs já a partir da aprovação do PL 122.

Em 2009 o Instituto de Psiquiatria do Hospital de Clínicas da USP identificou por meio da Pesquisa “Mosaico Brasil” que existem em Maringá aproximadamente 30 mil habitantes LGBTTTs. Mesmo assim, o Prefeito Sílvio Barros II (PP) que em 2007 foi condenado pelo Tribunal de Justiça por utilizar funcionário e veículo oficial do município no transporte do filho à escola particular, vetou o Projeto Escola sem Homofobia com o argumento que tal iniciativa traria mais preconceito e segregação. Do mesmo modo, o deputado Jair Bolsonaro (do mesmo PP de Maluf) é contra a distribuição do kit anti-homofobia nas escolas de 1º grau do país ao postular que isto estimularia crianças e adolescentes a tornarem-se gays. Pensamos como Caetano Veloso em “O último Romântico”, ‘Só falta abandonar a Velha Escola’, e queremos dizer com salto alto, que nós professores e professoras homossexuais vamos defender com todas as forças de nossos corações aquilo que as crianças e adolescentes possuem de mais humano: Seu Direito a Vida e a Educação! Exigimos do MEC legislação obrigando Ensino Público e Privado em todos os níveis a adequar currículo abordando educação sexual, abordagem cientifica sobre as diversas orientações sexuais, origens da opressão sexista e história do movimento de libertação mundial e brasileiro.

Convidamos os Homens e Mulheres de Maringá e Região: Pais, Mães e Familiares de LGBTTT, Professores Universitários e das Redes Estaduais, Municipais e Privada, Comerciantes e Comerciários, Profissionais Liberais (Advogados, Assistentes Sociais, Enfermeiros, Médicos, Psicólogos, etc.), Trabalhadores das Indústrias Têxteis, Alimentícias, Metalúrgicas e demais, Estudantes e inclusive, o Prefeito Sílvio Barros II para Caminhar no próximo dia 22 e Cantar o Amor Conosco,
Abre a janela agora
Deixa que o sol te veja
É só lembrar que o amor é tão maior
Que estamos sós no céu
Abre as cortinas pra mim
Que eu não me escondo de ninguém

O amor já desvendou nosso lugar

E agora está de bem

Marcelo Camelo
"Conversa de Botas Batidas" 

 In: Ventura.

Robson Gibim ANEL/PR (44)84167778

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Reunião da Executiva da ANEL-Norte do Paraná

Cidade? Londrina
 
Local? DCE-Centro (O DCE fica localizado na esquina das ruas Piauí e Hugo Cabral, no centro de Londrina)
 
Quando? Sábado (14-05)
 
Horário? 16h

A ANEL convida tod@s @s Estudantes, CAs e DCEs para participar da Reunião da Executiva Regional da ANEL-Norte do PR.

Recentemente os governos Federal e Estadual anunciaram constes de verbas para a Educação. Dilma Russeff cortou mais de 3 bilhões da Educação e Beto Richa, cortou 38% dos custeios das Universidade Pública do Paraná. Entretanto a realidade da UEL e UEM mostra que é necessário a ampliação do investimento na educação.

De um lado os corte de verbas, do outro a realidade mostra que é necessário a ampliação dos investimentos para a Ampliação do RU do Campus Maringá e construção nos outros campi, além da necessidade de contratação de professores e técnico-administrativos efetivos, etc, etc, etc…

Nós, da ANEL, convidamos todos para organizarmos e ampliarmos nossas discussões e construirmos uma Campanha Unificada, que organize o Norte do Paraná, UEM e UEL e os Secundaristas. A 1º Reunião da Executiva Regional será nesse Sábado, dia 14 de Maio, no DCE as 16 horas.

terça-feira, 3 de maio de 2011

NOTA DA ANEL: NÃO AO CORTE DO VALOR DA BOLSA-TRABALHO DA UEM

A Universidade Estadual de Maringá, por meio de seu Conselho de Administração (CAD), nessas últimas semanas vem discutindo o Orçamento Gerencial da universidade. Nessa questão, ficam evidentes os reflexos dos cortes no orçamento federal e estadual realizados por Dilma e Beto Richa, respectivamente. 

A UEM ampliou somente no último ano em 14 novos cursos e essa expansão não foi realizada com o mínimo de coerência possível, pois faltam professores, funcionários, laboratórios e uma política de permanência aos novos estudantes. 

Nós da ANEL, que compomos a Gestão Movimente-se no DCE-UEM, sempre denunciamos os problemas que enfrentamos em nossa universidade. Foi assim no ato realizado pelos estudantes de Educação Física que demonstraram a falta generalizada de professores. Também durante a ocupação realizada no Restaurante Universitário (RU), quando dizíamos que os problemas dos funcionários e dos estudantes estavam relacionados ao corte. Agora, mais uma vez, isso se torna evidente no corte que seria realizado no valor da Bolsa-Trabalho. 

A Bolsa de Formação Acadêmica, vulgo Bolsa-Trabalho, está longe de ser uma Política de Permanência aos estudantes e existe simplesmente pela falta de funcionários na UEM. Para a universidade é muito mais fácil manter essa bolsa em detrimento a contratação de novos funcionários, pois além da remuneração ser inferior (o bolsista recebe R$ 3,75 enquanto um funcionário de carreira recebe cerca de R$ 8,00 por hora trabalhada), não necessita pagar os encargos trabalhistas que realizaria. 

Nossa posição sempre foi clara em relação a essa bolsa. Acreditamos que nela existem diversos problemas, pois os estudantes geralmente desempenham funções que não estão relacionadas à sua formação e o critério do número de bolsas e seleção estão relacionados apenas com o déficit do quadro funcional da UEM ao invés da real demanda estudantil. 

Além disso, acreditamos que os estudantes saem de suas residências familiares para cursar sua graduação, desenvolver projetos e não para trabalhar dentro de uma universidade em algo que não está relacionado ao seu curso. Por isso, sempre defendemos que essa bolsa seja transformada imediatamente em bolsa de Ensino e que todos bolsistas sejam automaticamente vinculados a essa modalidade. 

Apesar de nossas críticas a Bolsa-Trabalho, para nós, ela é importante para os estudantes se manterem dentro de Maringá e conseguirem pagar o aluguel mais caro do Paraná. Assim, nos posicionamos contrário à proposta da Reitoria e propusemos dentro dos Fóruns do DCE a realização do ato (02/05) quando seria votado o orçamento gerencial da UEM, pois a vitória nessa votação seria crucial para podermos manter o valor da bolsa. 

A realidade demonstrou mais uma vez a importância da Mobilização Estudantil. Os manifestantes ao lado de fora da reitoria davam forças aos representantes discentes dentro da reunião do CAD. Assim, conseguimos aprovar uma proposta de orçamento que mantem o valor das bolsas. Contudo, a luta continua, pois na próxima quinta-feira irá ser votado neste conselho o valor e a vigência das bolsas. 

Assim, convocamos tod@s estudantes a participarem da Assembléia Extraordinária da Gestão, na quarta-feira às 17h30 e se encontrar na frente do DCE às 13h30 da quinta-feira para cobrarmos desse conselho que mantenha o valor atual da Bolsa-Trabalho