Para dizer basta ao racismo e
ao machismo (duas formas de opressão) se reuniram representantes de 70 países no
1º Encontro das Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, em 25 de julho de 1992,
na República Dominicana.
Nós da ANEL – Assembleia
Nacional dos Estudantes LIVRE – entendemos a importância dessa data para a
população negra e para a classe trabalhadora, pois temos a clareza de que a
sociedade capitalista utiliza as opressões (racismo, machismo e homofobia) para
acentuar a exploração dos trabalhadores e da juventude.
Lutamos ao lado daqueles que
são contra a opressão e a exploração! O capitalismo transforma negras e negros
em seres humanos inferiores, empobrecidos, excluídos e marginalizados. A
ideologia dos “de cima”, diz que isto é “natural”, pois assim, legitima o
racismo e o machismo para explorar ainda mais milhões de mulheres negras.
Destruir essa ideologia é tarefa dos homens e mulheres da classe trabalhadora, de
forma independente aos governos e patrões e ao lado dos demais setores
oprimidos!
Nossa luta é a luta das
Dandaras, Anastácias, Rosas Parks e LuizasMahins. Mas também de Zumbi, de João
Cândido e Luis Gama! Nossa luta tem a resistência e a rebeldia das Haitianas
que enfrentam, por mais de nove anos, a truculenta ocupação militar do Brasil
no Haiti!
Neste 25 de Julho, mais uma
vez, nossas palavras de ordem serão:
ü Por um modelo econômico que atenda à necessidade das
trabalhadoras e jovens negras; que deixe de priorizar os bancos, a Copa e a
dívida externa e que invista nos serviços públicos de saúde, moradia,
transporte, educação e nas políticas públicas de reparação ao povo negro.
ü Contra a violência e a exploração sexual! Dilma vete o
estatuto do nascituro e a bolsa estupro! Anticoncepcionais para não engravidar,
educação sexual para decidir, aborto legal e seguro para não morrer! Creches
públicas, já! Contra legalização da prostituição!
ü Pela revisão da PEC das empregadas domésticas. Garantia dos
direitos trabalhistas e proteção social às empregadas domésticas como os
garantidos pela CLT!
ü Contra as políticas dos governos estaduais, municipais e
federal de genocídio e violência a juventude negra. Punição imediata dos
assassinos. Desmilitarização imediata das policias. Contra a redução da
maioridade penal.
ü Por um verdadeiro estatuto da igualdade racial! Cotas
raciais nas universidades e concursos públicos, com reserva de vagas
proporcionais à população negra de cada estado. Pelas titulações das terras
quilombolas e indígenas!
ü Contra o machismo, o racismo, a homofobia! Por um Estado
Laico! Fora Feliciano!