terça-feira, 12 de abril de 2011

CHEGA DE CORTES NA EDUCAÇÃO! 10% DO PIB JÁ!

Neste início de ano, a volta às aulas renova as expectativas de todos nós estudantes. Nas escolas e universidades, vamos retomando os estudos, revendo os amigos e traçando novos projetos. Em particular os calouros das universidades, mesmo os que tiveram dificuldades com todas as confusões envolvendo o novo ENEM, se entusiasmam com a experiência de ingressar no ensino superior.

Graças a muita luta, as universidades públicas brasileiras ainda mantém significativa qualidade no ensino. Ainda assim, também é verdade que nem tudo é fácil. Problemas como falta de professores, estruturas físicas precárias, laboratórios insuficientes ou salas lotadas são comuns em muitos cursos. Sem falar da ausência de políticas massivas de permanência estudantil, como bolsas de estudo, bandejões para todos e alojamentos. Na medida em que o REUNI impõe que as universidades tenham verbas insuficientes para realizarem sua expansão, esses problemas vão aumentando.

Para que as universidades possam se expandir com qualidade e avancemos em soluções para os problemas relativos ao nosso ensino, deveríamos contar com um abundante investimento de verbas públicas para a educação pública. Mas, infelizmente, uma das primeiras medidas tomadas pelo governo Dilma foi a retirada de 50 bilhões do Orçamento Geral da União, o que para a educação significa 1,3 bilhão de reais a menos no orçamento das universidades e escolas.

No Brasil, vivemos ainda um período de estabilidade econômica, onde os efeitos mais fortes da crise econômica mundial não se fazem sentir com força em nosso país. Mas se a economia está crescendo (7,5 % em 2010) e se o governo propagandeia tanto “como o Brasil vai bem”, porque Dilma inaugura seu mandato anunciando cortes de verbas? Questionamos também a suspensão de concursos públicos e a desvinculação dos Hospitais Universitários das universidades.

Por tudo isso, a ANEL quer, em 2011, organizar em cada universidade e escola os estudantes brasileiros para lutar por melhores condições de ensino. Para garantir uma educação pública e de qualidade, precisamos exigir da Dilma que revogue os cortes no orçamento e garanta 10% do PIB para a educação já!

O novo pede passagem. Mais um ano se inicia e traz com ele o prenuncio de um tempo de grandes transformações. Do exemplo de luta que vem do Egito e de todo o mundo árabe, reforçamos nossa confiança na força da juventude mobilizada.

2 comentários:

Paulo disse...

10% do PIB para a educação? Vocês estão aderindo a pauta de lutas da UNE?

ANEL MARINGÁ disse...

Paulo, não estamos aderindo a pauta da UNE.

Pois, infelizmente, essa entidade defende progressivamente até 2020 que se atinja 10% do PIB em educação. Somente amplia de 7% para 10% o que está previsto no projeto do novo Plano Nacional de Educação (PNE). Projeto qual essa entidade apóia.

Somos categóricos em nossa afirmação:

10% do PIB Já!!!